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Contudo, há fatos a serem considerados que podem ajudar a responder essa questão. Comparada a outros meios de comunicação que perpassam a história da humanidade, a internet é o meio que mais rapidamente cresce no que diz respeito a acesso. Se pensarmos nos correios, que foi criado antes mesmo que a 90% das pessoas soubessem ler ou escrever, ou ao telefone, que mesmo hoje é usado por pouco mais de 20% da população mundial, a comunicação por meio da rede mundial de computadores é a que tem um crescimento muito mais acelerado, mesmo por entre as camadas mais desfavorecidas economicamente.
Outro ponto a se destacar é o barateamento do custo a curto prazo e a expansão dos conhecimentos necessários para que se possa ter acesso à essa tecnologia. Com o desenvolvimento de tecnologias de software e hardware nos últimos 30 anos, cada vez mais os computadores e a própria internet se tornam mais amigáveis e permitem uma interface muito mais acessível a todos os níveis de usuários. Desta forma, não é necessário mais que uma pessoa seja especialista em computação para navegar pela grande rede. É muito mais fácil, nos dias atuais, aprender a usar a internet, mesmo sozinho. Prova disso são as crianças, cada vez mais jovens, familiarizadas com terminologias e processos que há pouco tempo atrás só poderiam ser realizados depois de um certo treinamento e de prática em cursos especializados.
O que deve ficar bem claro é que toda nova tecnologia em comunicação tem como consequência a produção de excluídos. Antes da escrita, não haviam analfabetos e antes da imprensa, não haviam desinformados. Contudo, nenhuma dessas características versam pelo fim da tecnologia. Ou seja, não é porque houve uma separação entre letrados e iletrados que a escrita deveria ter sido abolida. Da mesma forma, a chamada cibercultura e as tecnologias da internet se desenvolveram de fato a excluir uma certa porcentagem da população e os trabalhos devem ser para incluir cada vez mais pessoas nesse universo, buscando melhorar as suas vidas e a de toda a comunidade com a inserção desses novos meios de comunicação.
É exatamente esse o ponto central do que chamamos de inclusão digital: não é suficiente dar a todas as pessoas um computador com uma ótima interface e todas as facilidades de acesso. É necessário, e talvez seja realmente o mais importante, dar condições para que essas pessoas, munidas de tal tecnologia, possam a utilizar de forma consciente na participação nos processos de inteligência coletiva e de construção colaborativa do conhecimento. A inclusão digital se dá, portanto, não com o acesso à tecnologia pura, mas sim como parte de um processo de inclusão social. O uso das tecnologias deve buscar, antes de tudo, um avanço no bem-estar de todo um grupo social, favorecendo sua cultura, suas necessidades e suas particularidades. Somente desta forma a massa excluída estará, de fato, inserida neste ciberespaço.
Olá Paulo!
ResponderExcluirMe chamo Rodrigo Ferreira e estudo Educação Musical na UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), estou pesquisando blogs com temas semelhantes ao meu e gostei bastante do seu. Convido você a acessar meu blog e ver se gosta do conteúdo: https://educacaomusicaleeadrodrigoferreira.blogspot.com